28/08/2013

I D Q

Sua frieza machuca o mundo,
Portas fechadas e janelas abertas;
Pássaros e borboletas entram,
Mas poetas conturbados,
E cegos embriagados não.

A sua vida não é um barraco,
Não tenha medo, você é forte.
Ninguém vai soprar até derrubar!

Você já cresceu, agora viva!
Voe e deixe ser levada pelos bons ventos [...]
Quanto tempo mais sustentará o seus muros?
O medo que você tem do outro lado te enfraquece.

Aos montes irão te decepcionar,
Mas não deixe isso tomar os seus dias, a sua alma.
Ame, adoce a vida!

Incomparável é o seu sorriso, deixe-o viver,
Vivencie cada lágrima que abriu mão!
Armaduras não durarão para sempre,
No entanto, o amor que você não viveu,
Amargurará seu coração cada dia um pouco mais.

Depois que o tempo passar,
E não lhe sobrar nada,

Questionará os covardes que não lutaram.
Um a um cairão por não ter te amado.
E por fim seus muros irão consumir cada lembrança,
Invisíveis ficarão cada um de seus sentimentos.
Roubaram o seu brilho,
Os seus próprios muros
Zombaram de você.

23/08/2013

Terceiro pensamento.

Quando minha mente fica quieta
Seu nome surge com uma mensagem de aviso.
Eu quase deixei você ir;
Então queimei memórias e lembranças,
Tudo aquilo que me deixava em cinzas.

Não se preocupe [...]
A mensagem de aviso diz para eu ficar por perto,
Desculpa minhas falhas,
Se não terei outra troca de sangue por álcool.

Não se preocupe [...]
Eu acredito quando diz “Minha”.
Por mais que queria ir embora,
Jamais ira!
Me de o seu amor e eu darei o meu.

Cansei de questionar o ponto certo,
Não procuro mais quem perderá,
Afinal se eu sei os questionamentos
É porque as respostas vivem em mim.

Não corrompa o seu amor
Com orgulho, luxo ou dor
Apenas me de o seu amor e eu darei o meu.
Ou melhor, o seu.

Segundo pensamento.

Em seus jogos, só você ganha!
As minhas lágrimas escorrem, mas de quem é a culpa?
Eu te amei demais?
É o meu egoísmo? Que não deixou você em paz [...]

Se te dói tanto, não quero ficar!
Quantas vezes mais terei que me embebedar,
Em rios e rios de lembranças;
Com sorte eu encontrei onde eu errei.

Suas palavras me reviraram o estomago.
Para poetas boêmios,
Palavras valem mais que tudo;
Tudo, menos o amor.
E quando as palavras dizem que não há amor [...]
O que eu deveria dizer?
Isso nunca acabará [...]

Depois uma mão cai sobre sua cabeça
Você volta, pede desculpas
Afinal “nada aconteceu.”

Eu procurei algo para lutar,
E só encontrei o amor,
Sorte sua que eu sou um poeta embriagado, boêmio.
E o amor vale... Ah, como vale.

Já se retratou
Vamos fingir que nada aconteceu,
Seguir em frente, viver, amar.

Primeiro pensamento.

De tanto perder amores,
Deixarei de amar.
Toda a minha apatia,
Escorre via a agonia reprimida, escondida;
O doce remédio que era sua boca, mas foi embora.
O seu jogo teve fim [...]

A noite chegou tão lentamente,
Que quando me dei conta da paixão
Que nela eu investia,
Já era quase de manhã, meio dia.

Eu lutei sozinha;
Fui abatida;
Morri de eutanásia,
Envenenada,
Morri tantas vezes que já não dói.
Sinto apatia da morte
Mas você
Ainda me dói,
Me corroí.

A apatia só vem no final,
Como meu amor não acaba
Nunca serei apático com você.
Mas com sorte eu morra quieta;
De ferida indolor
Ou a própria eutanásia.

21/08/2013

Complicado demais a complexidade do vazio.

O que a liberdade nos reserva?
O que tem do outro lado da janela?
Por quanto tempo vou ter a minha vida vazia?
Preciso me completar,
Me encher.
Entender, compreender, saber, viver.

O sorriso em uma vida sem sentido é um perdido.
A vida no sorriso sem sentido chega a ser ganho.

Qual é a complexidade que há,
Para eu me achar tão puramente neutra em meio á sociedade básica...

À noite me liberta,
Mas quando eu abro os olhos
Tudo se esfarela, some, esquece.
Não me pertencendo mais.

Quantas mentiras terei que contar
Quando eu acordar e descobrir que tudo se foi?

Sou fraca demais para não viver,
Mas forte demais para não morrer.
OU
Sou forte demais para não viver,
Mas fraca demais para não morrer.

Me questiono tanto
Dói pensar, me ver tão incompleta
Quem sou eu afinal?
Alguém que respira e observa,
Mas nada absorve e delibera.

Eu quero correr!
Mas antes preciso aprender a andar.
Eu só queria a simplicidade da mente alheia.
Ser normal!
Uma beata da fazenda,
ou uma ocupada da cidade.
Não esse projeto de poeta jogado;
Poeta viciado;
Um poeta dolorosamente complicado!

06/08/2013

Dói, como dói [...]

Dói, como dói!
O poeta sempre acredita,
Ser o primeiro a amar tão dolorosamente forte.
Eu não consigo me manter apenas como os meus braços,
Por favor venha me abraçar, me esquentar...
(Não diga não)
Estou caindo faz tempo e você só olhando.
Me ligue!
Se ligue, quero que volte e fique [...]

Como dói, dói!
Em certos pontos sou bipolar,
Ou em todos eles...
Quero te amar;
Mas quero sufocar esse amor
até ser declarado óbito [...]

Dói, como dói!
Morrerei de amor, que clichê!
Mas não sei que dor teria,
Se morresse sem amar [...]

Como dói, dói!
Me ame quando eu chorar,
Mas se afaste quando sã eu ficar...
Você é como um feche de luz no escuro,
Que me desequilibra,
Me deixa perdida [...]

Dói, como dói!
Seu amor é sagaz e destruidor;
O maior distância do ponto de equilíbrio
É a amplitude [...]

Como dói, dói!
Já tentei explicar por letras e rimas,
Por história e por física.
Não dá!
É inexplicável.
Você consegue entender?
Se sim, me ajude a enxergar melhor.
Se não, entenda o que eu sinto[...]

Dói, como dói!
Você me dói fortemente as vezes...
Mas é porque eu sou fraca!
Não vai mais acontecer!
Não até eu me embebedar...
Hoje peço perdão
É boca no pó
E joelho no chão!

03/08/2013

Pontas tortas em uma bola.

De cada sonho
                         Fixado em linhas
                          A verdade lhe cabe
Correndo
              contra
                         barreiras

Viva bem
Meu      bem
                             quem  sabe  onde pisa
É Você...


Socorro Maria!
                  Essa dor me corrói,
Minha alma destrói.

Via pensamentos poéticos estou morrendo
e revivendo

                                 Só sofro
                   Pelo luto e pela dominação
                                                             Criei um mostro, deformado! Embebedado...

De fora
me apresento
Sou morta
E o corpo sangrento
Revive cheio de realidade
e num piscar de olhos
Sinto o ar corrente e sua ferocidade...

02/08/2013

Há refrão em poesia...

Que mágica tens a tua música,
Que a minha não consegues alcançar?
Sortes que te banhas;
E em mim a seca!

A verdade estipulada
Sanguinária, parasita;
Tu não tens nada a mais
Eu vivi mais, corri atrás;
Que vento lhe traz?
Oh cobra de dentes finos...

A sua suavidade sei imitar;
E subo mais alto que sobes;
Componho chorando e rindo
E tu por onde andas seguindo?

Qualé o segredo que não me desce,
O segredo que te engrandece?

Eu exploro mais veias e virilhas
nem tens sentido sua vida mal vivida
Corrida...!
Eu constante destruída
Por sua injustiça.
Corroída...!

Eu correndo atrás para ser descoberta
E tu encobertas por talentos não merecidos
Mas quem sou eu para lhe julgar?
Alguém que vive a se moldar...
Se readaptar...
Para a sociedade "puramente" lhe aceitar.

Mas algo tem que haver
Afinal,
Tua música é ouvida por milhões
E a minha lida sem refrões!