19/02/2014

Sou meio...

Sou meio estranha e equivocada,
Me sinto até deslocada.
Sou meio boba e santa,
Mas já me fiz de sacripanta.
Sou meio incompleta e chinfrim,
Tratando-se de mim.
Sou meio nada com nada,
E por isso sempre estou em uma cilada.
Sou meio vulgar e insana,
As vezes até profana.
Sou meio poeta e realista,
Tem vezes que me faço de analista.

Vivo nesse meio termo de tudo,
Afinal nada é absoluto,
E é essa relatividade dos termos,
Que não nos deixa enfermos.

17/02/2014

Ninguém mais precisa ser prejudicado pela sua corrupção.

Quantas pessoas já morrem em leito hospitalar?
O óbito foi sentenciado por negligência médica,
Mas na verdade morreram de verde e amarelo,
Tudo por causa da corrupção.

Aqueles que morrem dia a dia por poluição,
Estão literalmente degustando o ar que sujaram.
O verdadeiro problema não é a política,
Tecnicamente ela é a solução.
O problema mesmo está no ser humano,
Que se diz entendedor das coisas,
Mas na verdade é apenas um vendedor de horas.

Trocamos sorrisos por dinheiro.
Amigos por fama.
Verdades por vontades.
Amor por vaidade.
Viver por sobreviver.
Trocamos o tempo por meras moedas materiais.

Vendemos nosso voto por 100 reais a mais,
Escolhemos nosso voto pela regra do "menos pior",
Trocamos nosso voto por um emprego melhor.

Não se enganem, vocês não enganam ninguém.
Por favor, não saia nas ruas se o governo já sabe seu preço,
Ninguém mais precisa ser prejudicado pela sua corrupção.

08/02/2014

A Fé Humana

Talvez eu precise escrever mais,
Para sofrer menos... Muito menos.
Há dias em que corro sorrindo atoa,
Gritando ao mundo o Deus de Misericórdia,
Que em morte deu a mim uma vitória.
Mas há dias, o quais, já nem rastejo mais pelos cantos empoeirados desse castelo vazio.

Me pergunto quem sou, para onde eu vou, como eu vou e se chegarei.
Deixei todas essas coisas nas mãos de Deus e as tomei tão rápido quanto.
De todos os amores poéticos, o álcool, meu cachimbo ou outros mil pecados,
Abri mão de todos, deixei tudo ser limpo, deixei a casa branca como O tal merecia.
Mas a falta de manutenção tem irritado meus pontos alérgicos,
Meus sarcasmos e meus passados poéticos.
Nunca voltarei a ser quem era,
Tenho reverbérios só de me olhar no espelho e relembrar.
Não se engane, eu sou feliz, Ele me faz feliz.
Mas a falta de fé, de amor próprio e de esperança me cegam todos os dias.

E quando o amor esfria, por falta de guia,
Tento viver relembrando o Primeiro Amor e toda a sua perfeição.
Me lembro que fé vai além de emoção,
É disciplina, obediência e devoção.


A vida dói as vezes,
Mas são as pinceladas Dele que me fazem perceber
Que a vida pertence a mim e Ele é apenas um convidado
E quando a sujeira é tanta, a estadia se torna indesejada
De mansinho Ele sai por data indeterminada...
Mas o belo e sutil Convidado volta quando se é bem recebido,
Com sacrifícios de amor e uma fé que vai além da emoção,
Um cortejo leve e de coração.
O faz sorrir para mim, novamente...