27/01/2015

Adeus a-mar

Vai ser difícil dizer adeus,
Para tudo que agora é meu.
Que dor vazia e solitária
Sentirei quando não mais a areia tocar,
Ou não mais ouvir o barulho do mar...

Perder o prazer de ver
A chuva vir e ir, alvoraçando o mar e o amar.
Não sei se eu dia voltarei para ficar...
Eu só sei da falta que me trará o mar!

Viverei a eterna nostalgia
Toda vez que o chinelo colocar,
E saber que talvez não seja um bom dia
Para voltar.

Achei que seria fácil,
Fazer as malas e partir!
Mas a praia não é portátil...
E o mar eu não posso repartir.

Estou indo embora por opção,
Mas não é pela mesma que a deixo aqui!
Nada mais terá o sabor dessa emoção...
Nem mesmo o que eu levo daqui.

Tenho um amor platônico pela maresia,
E não consigo deixa-la ir...
Sem ela vou me sentir sozinha,
E choro ao partir.

Faço as malas de roupas e lágrimas,
Eu não estou apenas deixando as praias
Eu estou deixando o ventre...
E que drama eu tenho feito
Mas esse é o único jeito!

De dizer adeus sem me arrebentar...
Mesmo com o mar,
A me arrastar.
Só desejo que as ondas levem,
A saudade que o mar deixou.

Que elas acalmem meu coração,
Como elas se acalmam depois que a gota do céu as achou...
Mas não se afobem depois dessa declaração,
E mantenham a majestade!


Eu vou voltar...
Eu prometo!