31/03/2012

Era, um soneto

Era doce e suave
Era novo e gostoso
Era amável e sedoso
Era incomum e vivo

Era imutável e passageiro
Era colorido e leve
Era calmo e simples
Era cheiroso e brilhoso

Era rígido e silencioso
Era fino e limpo
Era perfeito e meu

Era uma "frô", a minha "frô"
Era a mesma que enchia de vida e de amor
Era a verdade da poesia embutida.

Estrela Pura.

Hoje me fizeram tal pergunta:
"O que viste na estrela que escolheste?"
A minha estrela era um segundo sol
com seu vasto calor e brilho constante
era o que me dava vida
Simples, ela era luminosa
a ciência não explica tal estrela
como pode uma estrela simples
ter luz própria , iluminar e esquentar?
Será que era definitivamente um segundo sol?

Não, era você ao me abraçar
era você ao sorrir
era você ao falar
você virou o meu sol
e é impossível viver sem

Uma vez você disse " que ninguém morre de amor"
E para variar eu descordei concordando
Disse que ninguém morre de amor
mas ninguém morre de amor
mas ninguém vive sem

Ironia santa!

Hipocrisia insana
dentro de paredes santas
gente morrendo queimado
e segurando aparências
sangue derramado
salvando o povo estranho
e eu me questionava
porque estão mentindo sorrindo?
E os salvos continuavam a sorrir
e os mortos choravam!
Aquilo acumulava e alimentava
pesamentos subvertidos meus

Engraçado, eu chorar sendo que não muda nada
mas eu mudei pessoas
e espero não ter sido em vão.

O sorriso dele...

O simples e divertido começava
Um sorriso singelo me ganhava
era calmo como a brisa
o seu sorriso se ofendia fácil
mas vinha fácil
era divertido o jeito que levava a vida
e eu ainda não o conhecia
mas seu riso era bem visto
e ele bem vindo!

20/03/2012

Simples Assim

Queria gritar para todo mundo meu amor!
Mas você sabe como ninguém que não posso...

Tudo começou com a minha insuficiência,
Simples assim!
Se eu tivesse sido suficiente
Você não brigaria tanto comigo
Não me cobraria tanto
E eu não ficaria isenta de carinho
E talvez não me apaixonasse por outros.

Eu errei e sumi, assim como você.
Mas quando você errou eu olhei para trás e dei força às coisas boas,
E você me consumiu viva!
Tudo bem, NE?
Porque eu errei então é muito pior do que os seus erros.

Para, e pensa...
O que e fiz quando você errou?
EU DEI ATENÇÃO E OUVIDOS!
E tu? Tu nadas fez...
É tudo muito simples, olha só:
Eu errei e omiti.
Você errou e omitiu.
Mas eu aceite mesmo você se contradizendo
E você? Você me ensinou o significado da palavra
 “REDUNDANCIA”

Sim, eu te amo.
E vai ficar tudo bem...
Mas as lagrimas ainda molham o meu rosto
Por erros seus e meus
O meu sorriso se abriu quando o seu surgiu
Mas você não se lembra disso...
E eu estive ai, e você, e olhou nos olhos e disse que me amava.

Mas agora pouco importa...
Porque o erro foi meu!
Só para te lembrar, mais uma vez.
Eu voltei sorrindo quando você errou
PORQUE EU TE AMO!
Simples assim... 

15/03/2012

Vida nova

Os olhos que brilhavam
contra o ar seco
e a vontade insana que cresce no peito
consumia a bela moça

A vida era dura
E a moça vivia em pé, sorrindo
mas a amargura da vida
lhe roubou o doce

Os passos passados por ela
eram um passado introvertido no presente
O sorriso roubado pela feroz ironia

Dura e seca a bela levava a vida agora
Mas eu sabia que a moça
iria reviver ao ver o sol

A corrupção dos homens

Abro minha cabeça
pois as duvidas não cabem mais
os pensamentos perturbados
me rodeiam de forma rasa
os valores em redundância
manipulam livros e musicas

A meditação que mesmo no barulho
me faz ouvir o silencio das arvores e da chuva
e o tempo que ia junto com o vento
as palavras já não fluíam como antes
o barulho me calava
e a inocencia que se fazia no silencio
mostrava a corrupção dos homens
que me destruía pela ignorância do ato falado

Quieta num canto
vejo as ideologias mudando
e os valores humanos quase inexistentes
me criticavam
de modo alternativo
e meus lábios eram calados
pela hipocrisia nata
aquela mesma que me rodeava
todas as manhas
a hipocrisia de ser quem é
sem poder mudar
decisão tomada pelo tempo
e não pelo próprio homem
e eu cansada de ser manipulada
abro minha boca
e num ato simples
meus olhos voltam a sangrar
pois o silencio é obrigatório.

04/03/2012

Sutilmente amor

Amor que palavra sutil, não?
É tão simplesmente complicado
é tão dautonicamente colorido
é tão perfeitamente imperfeito
O amor é docemente azedo
é tão certamente incerto
é tão levemente pesado
é tão calmamente apressado
O amor é finalmente o recomeço
é tão novamente velho
é tão silenciosamente barulhento
é tão dolorosamente gostoso
O amor é pessimamente ótimo
é tão minimamente máximo
é tão mentirosamente verdadeiro
é tão desnecessariamente necessário
O amor é...
Ele é água e sede
é molhado e seco
é sujo e limpo
é tudo e QUASE nada
O amor é eu e você...
E eu sem você não há amor
então não há NADA!