Não sei se é a saudade,
Ou a fumaça que invade os meus olhos,
Mas algo o irrita, algo dói.
Não é fácil viver assim,
Te ver de longe.
Aos poucos,
Em fotos,
Em cigarros,
Em bebidas.
Talvez sentar e tomar um café,
Só para ter a certeza de que tudo passou,
Ou ter a incerteza das minhas escolhas.
Queria tocar a sua pele uma última vez.
Dizer um verdadeiro adeus.
Me culpar e chorar.
Ouvir a sua voz se dissipando no vazio da minha mente.
Coçando a superfície da lente.
Eu sei que é saudade!
Mas acendi um cigarro para confundir sua presença,
E acabei me confundindo.
De novo.
Só mais um olá,
Para um último adeus.
Só para nunca mais ler
"Este produto contém mais de 4.700 substancias tóxicas"
Para descobrir que nenhuma é o seu amor.
Ou melhor... é!
É um poema simplista,
De quem não entende nada da vida.
Só para explicar que nem tudo passa...
Mas o tempo passa e nos ultrapassa.
-Dente de Leite-
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