Cometi erros dolorosos,
Que foram como chupar uma moeda suja,
Por dias.
O gosto da impureza na minha língua,
Era o gosto das palavras pesadas,
Desistidas de tentar em vão.
Não era a casa, a vida, os pedaços de pão
Fui eu. Nós. Mais eu.
Morri e matei,
Em nome da moeda.
Contaminou todo o processo digestivo
Do amor no meu intestino
E na síntese errada
Não absorvi os nutrientes
Foi como engolir e expelir
Balas de chumbo recém disparadas.
Fui alvejada por dentro
Cheguei transbordando
Fui vazando, esvaziando
Quando vi
Tava assim, furada, vazia.
Eu estava cega,
E tiroteio não foi bom comigo.
Mesmo com a mão na arma,
Não consegui eliminar os absurdos
E atirei em minha própria alma
Até não me restar uma gota de vida.
Fui covarde
Sou covarde
Foi covarde, tudo isso.
Morta por dentro
Magra por fora
De imensidão
Morri afogada.
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