Abro minha cabeça
pois as duvidas não cabem mais
os pensamentos perturbados
me rodeiam de forma rasa
os valores em redundância
manipulam livros e musicas
A meditação que mesmo no barulho
me faz ouvir o silencio das arvores e da chuva
e o tempo que ia junto com o vento
as palavras já não fluíam como antes
o barulho me calava
e a inocencia que se fazia no silencio
mostrava a corrupção dos homens
que me destruía pela ignorância do ato falado
Quieta num canto
vejo as ideologias mudando
e os valores humanos quase inexistentes
me criticavam
de modo alternativo
e meus lábios eram calados
pela hipocrisia nata
aquela mesma que me rodeava
todas as manhas
a hipocrisia de ser quem é
sem poder mudar
decisão tomada pelo tempo
e não pelo próprio homem
e eu cansada de ser manipulada
abro minha boca
e num ato simples
meus olhos voltam a sangrar
pois o silencio é obrigatório.
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