08/02/2014

A Fé Humana

Talvez eu precise escrever mais,
Para sofrer menos... Muito menos.
Há dias em que corro sorrindo atoa,
Gritando ao mundo o Deus de Misericórdia,
Que em morte deu a mim uma vitória.
Mas há dias, o quais, já nem rastejo mais pelos cantos empoeirados desse castelo vazio.

Me pergunto quem sou, para onde eu vou, como eu vou e se chegarei.
Deixei todas essas coisas nas mãos de Deus e as tomei tão rápido quanto.
De todos os amores poéticos, o álcool, meu cachimbo ou outros mil pecados,
Abri mão de todos, deixei tudo ser limpo, deixei a casa branca como O tal merecia.
Mas a falta de manutenção tem irritado meus pontos alérgicos,
Meus sarcasmos e meus passados poéticos.
Nunca voltarei a ser quem era,
Tenho reverbérios só de me olhar no espelho e relembrar.
Não se engane, eu sou feliz, Ele me faz feliz.
Mas a falta de fé, de amor próprio e de esperança me cegam todos os dias.

E quando o amor esfria, por falta de guia,
Tento viver relembrando o Primeiro Amor e toda a sua perfeição.
Me lembro que fé vai além de emoção,
É disciplina, obediência e devoção.


A vida dói as vezes,
Mas são as pinceladas Dele que me fazem perceber
Que a vida pertence a mim e Ele é apenas um convidado
E quando a sujeira é tanta, a estadia se torna indesejada
De mansinho Ele sai por data indeterminada...
Mas o belo e sutil Convidado volta quando se é bem recebido,
Com sacrifícios de amor e uma fé que vai além da emoção,
Um cortejo leve e de coração.
O faz sorrir para mim, novamente...

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